quinta-feira, 14 de março de 2013

Nova tecnologia pode detectar Alzheimer alguns anos antes dos sintomas aparecerem


Um novo exame capaz de diagnosticar o Mal de Alzheimer muito antes do aparecimento de seus sintomas ganhou o prêmio de inovação em saúde no festival anual South by Southwest (SXSW), realizado até domingo em Austin, Texas (sul dos Estados Unidos).

"O Neurotrack (nome do novo exame) pode detectar o Alzheimer por meio de um exame computadorizado de movimento ocular seis anos antes do aparecimento dos sintomas", disse Elli Kaplan, presidente da companhia com sede em Richmond, Virgínia (leste), que assegura que o teste tem 100% de êxito.

"Hoje em dia a única maneira de diagnosticar o Mal de Alzheimer é depois que todos os sintomas se apresentam", disse Kaplan à AFP. "Mas até lá já terá ocorrido um dano irreparável".

O teste, desenvolvido em colaboração com a Universidade de Emory, em Atlanta, e por uma equipe de neurocientistas, está disponível em duas versões diferentes: uma que funciona com uma câmera de infravermelhos e outra com um simples mouse de computador.

No teste, o indivíduo estudado deve comparar imagens - algumas novas e outras já conhecidas - que aparecem brevemente em uma tela. "Ao estudar como as pessoas movem os olhos e como veem as imagens novas em comparação com as imagens conhecidas, é possível detectar as perturbações existentes no funcionamento do hipocampo", a parte do cérebro que tem um papel central da memória, disse Kaplan.

O projeto, lançado há 20 anos, foi testado em um amplo estudo da Universidade Emory medindo a evolução dos participantes - alguns dos quais desenvolveram a doença - durante um longo período, disse Kaplan.

"Em 10 anos, nossa esperança é que exista uma pílula que possa ser tomada (para combater a doença de Alzheimer). Só seria necessário fazer um exame anual, e, caso ficasse comprovado que a pessoa poderia desenvolver Alzheimer, poderia ser feito algo a respeito", concluiu a especialista, cujos dois avôs sofreram com a doença.

"Não estamos muito longe de uma tecnologia que funcione no telefone (celular) ou no tablet" do paciente, e que teriam seus resultados seriam enviados diretamente a um médico.

Esta tecnologia estará disponível inicialmente para laboratórios farmacêuticos, médicos e hospitais. Eventualmente, a Kaplan pretende desenvolvê-la em aplicativos para smartphones e tablets.
Fonte: Info Exame

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