terça-feira, 20 de agosto de 2013

O marca-passo cerebral - Avanços no tratamento do Parkinson e da epilepsia

Tomar um cafezinho é difícil para os portadores da doença de Parkinson. Um tremor contínuo e involuntário das mãos dificulta esse simples ato da nossa vida diária.
No dia 15 de agosto deste ano, o professor Hagai Bergman, de Israel, proferiu conferência no hospital Albert Einstein relacionada à introdução, nos últimos anos, de nova forma de tratar as doenças de Parkinson e a epilepsia.
O tema abordado pelo neurofisiologista da Universidade Hebraica de Jerusalém foi a estimulação elétrica cerebral profunda na atualidade.
Um aparelho semelhante a um marca-passo cardíaco, implantado no cérebro de pacientes, bloqueia os sinais originários de áreas cerebrais que provocam contrações musculares incontroláveis.
Esse marca-passo cerebral, através de estimulação cerebral profunda, controla as contrações musculares contínuas e seus movimentos repetitivos no mal de Parkinson.
O marca-passo pode também ser usado no controle da epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso.
Já foram empregados cerca de 100 mil desses aparelhos nos principais centros médicos mundiais.
No Brasil, cerca de 400 pacientes receberam esse tratamento a cada ano, nos últimos três anos, segundo o médico Arthur Cukiert, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional.
Na Europa, está sendo usado desde 2010 para parkinson e, ainda neste ano, deverá ser autorizado para tratamento da epilepsia nos EUA.

Julio Abramczyk
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. 

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