terça-feira, 13 de agosto de 2013

Aposentados deixam a aposentadoria de lado e retornam ao mercado de trabalho


“Quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é a-bundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres",(Sêneca)
Dos cerca de 20 milhões de brasileiros aposentados, pelo menos 70 mil têm interesse de retornar ao mercado de trabalho com carteira assinada. Esse fato é apresentado por pesquisa realizada pela VAGAS Tecnologia, empresa especializada em consultoria de processos seletivos, e mostra que 36% dos aposentados inativos receberam pelo menos uma oferta para voltar ao trabalho nos últimos três meses. Já entre os 47% aposentados que se declararam ativos, 80% pretendem trocar de emprego.
A pesquisa apontou que um dos fatores responsáveis por animar os profissionais aposentados, foi o aquecimento do mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos. Num cenário de baixo desemprego, em que há demanda por mão de obra qualificada, apenas 5% dos aposentados não pretendem voltar a trabalhar. A verdade é que a carência de mão de obra faz com que o profissional aposentado seja cada vez mais valorizado.
Nos últimos anos, profissionais mais experientes já vinham sentindo a maior disputa por mão de obra. Entre os trabalhadores com mais de 50 anos, a taxa de desocupação em novembro de 2012 foi de apenas 1,7%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população brasileira está envelhecendo e há cada vez menos ingressantes no mercado de trabalho, o que cria essa condição de excesso de oferta de emprego e estimula quem está fora do mercado.
O aposentado que continua trabalhando no mesmo emprego ou foi contratado por uma nova empresa deve contribuir para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A Justiça reconhece que essas contribuições extras devem ser incluídas no cálculo da aposentadoria. Essa atualização no valor do benefício é conhecida como "desaposentação".
Administrativamente, o INSS não admite um novo cálculo do benefício, porém, acata as decisões judiciais que determinam tal procedimento. O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir ainda neste ano sobre as regras da "desaposentação". Mais de 70 mil ações aguardam uma decisão.

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